(R7, 13/01/2016) Cerca de 22 casos foram divulgados. Meninas de 13 anos recebiam 50 centavos por sexo
O novo escândalo que envolve a ONU (Organização das Nações Unidas) está relacionado a acusações de abuso sexual por parte de pacifistas em países da África como Mali, Sudão do Sul, Libéria e República Democrática do Congo.
De acordo com o portal de notícias britânico Independent, investigações descobriram que pelo menos quatro pacifistas teriam pagado cerca 50 centavos por sexo a garotas de 13 anos de idade. O secretário-geral da ONU Ban Ki-Moon se pronunciou e afirmou que esses suspeitos são um “câncer” no sistema da União.
O caso é a mais nova praga a ser combatida pelas Nações Unidas na África Central. Vinte e dois casos de abuso foram relatados nos últimos 14 meses por parte de membros da ONU. As acusações mais recentes vêm ao mesmo tempo em que Ki-Moon tenta implementar políticas de “tolerância zero” para tais delitos.
Como as Nações Unidas mantêm nove operações de manutenção da paz na África — que empregam mais de 100 mil pessoas no continente — os abusos ameaçam corroer a legitimidade da organização.
No mês passado, a ONU publicou uma investigação independente alegando que a aplicação malsucedida de políticas para impedir e denunciar abusos significava que a credibilidade das operações de paz da organização estava em perigo.
Especialistas e autoridades dizem que problemas sistêmicos ainda dificultam a investigação e o julgamento de abuso, levando à percepção de impunidade dentro das fileiras da ONU. Anthony Banbury, assistente do secretário-geral, se mostrou perplexo.
— Esses abusos contradizem todas as nossas causas.
A missão na República Centro Africana, para onde tropas e civis da ONU foram enviadas em 2014 para ajudar a acabar com uma guerra civil e apoiar um novo governo, destaca-se por seu histórico de abuso e exploração sexual, de acordo com Parfait Onanga-Anyanga, o principal oficial da ONU no país.
— Eles estão atacando as pessoas que vieram proteger.
A ONU ainda não divulgou publicamente as nacionalidades dos soldados acusados, nem deu detalhes sobre os abusos. Mas, em entrevistas, funcionários disseram que foram pacifistas do Gabão, Marrocos, Burundi e França.
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