Quase metade dos passageiros negros de transporte individual diz já ter sofrido preconceito racial em corridas

18 de novembro, 2016

Passageiros avaliam que melhor saída para o problema está na conscientização dos motoristas

(R7, 18/11/2016 – acesse no site de origem)

Quase metade dos negros que utilizam meios de transporte individual privado (46%) — como taxi e Uber — consideram ter sido vítimas de discriminação racial durante as corridas que realizaram. A afirmação é resultado de uma pesquisa feita pelo aplicativo 99 com cerca de 10,6 mil passageiros afrodescendentes de todo o País.

Entre os entrevistados, 26% têm certeza que já foram alvo de algum tipo de preconceito racial ao menos uma vez na vida enquanto realizavam uma viagem. Outros 20% afirmam não ter certeza da descriminação e 53,4% disseram nunca ter sofrido com o problema.

O levantamento aponta ainda que quase 50% dos passageiros negros de transporte individual acreditam que a melhor saída para o problema está na conscientização dos motoristas, por meio de treinamento e da importância do combate à discriminação.

Outros 28% optaram pela inclusão de um termo de tratamento igualitário de raça, religião e nacionalidade no contrato de uso do aplicativo pelos motoristas. Há ainda 14,2% dos entrevistados que entendem que nada deve ser feito por avaliarem que esse tipo de ação aumenta os atos racistas.

Segundo a gerente de treinamento da 99, Roberta Castro, a questão de discriminação racial é um problema cultural do País. Ele avalia que o resultado da pesquisa mostra que é fundamental discutir de frente o tema.

— O mundo ideal seria que isto não acontecesse, mas sabemos que há passageiros que passam por este tipo de situação nas corridas.

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