A violência doméstica fora das estatísticas: por que números seriam maiores, por Beatriz Accioly Lins

30 de novembro, 2023 Uol Por Beatriz Accioly Lins

O último sábado, 25 de novembro, foi marcado por inúmeras referências ao Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher. A data, oficializada pela ONU em 1999, foi escolhida em homenagem às irmãs Mirabal, ativistas dominicanas que foram assassinadas em 1960 pelo regime autoritário de Rafael Trujillo, e cujo legado de luta e resistência se converteu em inspiração para defensoras dos direitos das mulheres, em especial na América Latina.

Por força de lutas nacionais aguerridas e longevas pelo reconhecimento da gravidade, bem como do caráter público e social do problema da violência doméstica contra mulheres, no Brasil, o 25 de novembro costuma ser marcado por iniciativas, eventos e mensagens relacionados à Lei Maria da Penha, aos números de feminicídio e ao cenário sombrio de nossas estatísticas oficiais que apontam para o fato de que família e o lar muitas vezes é espaço de risco e violação para meninas e mulheres.

Não se cale. Denuncie. Estas são palavras de ordem frequentemente utilizadas em mensagens para mulheres em situação de violência doméstica, incitando que vítimas procurem autoridades quando diante de violações baseadas no gênero. As mensagens têm surtido efeito. De acordo com o último levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o número de registros oficiais de estupros e assassinato de mulheres cresceu, no Brasil, no primeiro semestre de 2023 comparado com o mesmo período do ano passado.

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