Assédio sexual: impunidade, canais ineficazes e cultura machista desestimulam denúncias nas empresas

Foto: Letícia Sabbatini/Mídia Ninja

17 de julho, 2022 O Globo

No Brasil, estes casos são tão subnotificados quanto os de estupro, apontam pesquisas, mas os registros vêm aumentando

(Cássia Almeida, Elisa Martins e Raphaela Ribas/O Globo) Diretorias majoritariamente masculinas em estruturas de poder moldadas por uma cultura machista. Essa é a arquitetura de ambientes corporativos em que a impunidade e a falta de canais apropriados desestimulam denúncias e perpetuam o assédio sexual nas empresas.

É o que descrevem especialistas, ativistas, procuradoras do trabalho e, principalmente, mulheres que se viram vítimas de abusos e constrangimentos parecidos com os relatados por funcionárias da Caixa Econômica Federal há duas semanas, que culminaram com a queda do ex-presidente do banco estatal, Pedro Guimarães.

— Eram olhares incômodos e comentários como: “Ah, não é bom vir com esse vestido porque perco totalmente o foco”. Ou me chamava na sala dele e dizia: “Está muito cheirosa, muito bonita. Pena que não dá mole para homem casado”. Um dia eu disse que ele poderia ser processado e ele respondeu: “É tudo brincadeira” — lembra a vendedora Melina Martin, de 36 anos, que foi assediada pelo diretor de uma empresa de seguro e tecnologia onde era coordenadora.

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