Coordenadora de projetos na ONG Criola, Lia Manso é a convidada da série Direito ao aborto em caso de estupro
(Agência Patrícia Galvão | 19/01/2022)
As consequências das violências sexuais são múltiplas para as meninas e mulheres vítimas, por isso é preciso fortalecer as redes de apoio, assim como qualificar e universalizar o atendimento e o acolhimento nos sistemas de saúde, segurança pública e justiça. Para a advogada Lia Manso, convidada do quinto episódio da série Direito ao aborto em caso de estupro, do Patrícia Galvão Podcast, “a escuta [das vítimas de estupro] precisa estar vinculada com a ética antirracista e feminista”, considerando a centralidade das mulheres e meninas cis e trans e dos homens trans para pensar um acolhimento adequado.
No programa, Lia Manso, que atua como coordenadora de projetos na ONG Criola, reflete sobre os dados da pesquisa Percepções sobre estupro e aborto previsto por lei, realizada pelos institutos Patrícia Galvão e Locomotiva em 2020. Segundo a pesquisa, 58% das mulheres entrevistadas disseram que contariam a uma mulher próxima, caso engravidassem em decorrência de um estupro, e 32% disseram que falariam com alguém da área da saúde ou da polícia.
Série Direito ao aborto em caso de estupro
O objetivo da série é debater os dados da pesquisa Percepções sobre estupro e aborto previsto por lei, realizada pelos institutos Patrícia Galvão e Locomotiva em 2020. Acesse a íntegra da pesquisa aqui. Confira também os outros episódios da série:
- Estupro de meninas e mulheres e direito ao aborto, com a participação de Flávia Nascimento, defensora pública do Rio de Janeiro, e Emanuelle Goes, pesquisadora do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz/Bahia);
- O caso da menina capixaba de 10 anos: estuprada, grávida e novamente violentada pelo Estado, com Olímpio de Moraes, médico e gestor executivo do Cisam/UPE, e Paula Viana, enfermeira e coordenadora do Grupo Curumim, de Recife/PE;
- Barreiras no acesso ao aborto em caso de estupro, com a defensora pública Paula Sant’Anna Machado de Souza, coordenadora do Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres (Nudem) da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, e Ida Peréa Monteiro, médica ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade Mãe Esperança, de Porto Velho (RO);
- Direito ao atendimento na saúde em caso de aborto pós-estupro, com a coordenadora do Serviço de Atendimento de Violência Sexual do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Sara Paiva.