O protocolo com perspectiva de gênero é direcionado a juízes e juízas, para que tenham um olhar mais empático com mulheres
(Universa – UOL | 19/01/2022 | Por Mariana Gonzalez)
Uma mãe solo de Santa Catarina teve sua jornada de trabalho no posto de saúde de São José de Cerrito, a 300 km de Florianópolis, reduzida em 10 horas semanais para poder se dedicar aos cuidados do filho, que é cadeirante. Ela é divorciada, recebe um salário mínimo e, portanto, não tem condições de contratar alguém para ajudá-la com o menino, que tem nove anos.
A sentença a favor de um expediente mais curto foi dada no dia 5 de janeiro pela juíza Andrea Cristina de Souza Haus Waldrigues, da 3ª Vara do Trabalho de Lages (SC), que justificou a decisão mencionando o Protocolo para Julgamentos com Perspectiva de Gênero, publicado em outubro pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
O documento de 120 páginas é direcionado a juízes e juízas e reúne orientações para que eles conduzam julgamentos e tomem suas decisões com um olhar mais amigável e empático às mulheres, além de apresentar conceitos e um passo a passo para que não interpretem casos a partir de um viés machista.