Foram 1,7 mil queixas formalizadas nas delegacias paulistas, segundo levantamento obtido pela GloboNews. Há seis meses, o crime virou lei no Brasil e facilitou a punição dos agressores, mas subnotificação segue alta.
(G1 | 29/01/2022 | Por Isabela Leite)
O estado de São Paulo registrou um boletim de ocorrência a cada duas horas e meia por violência psicológica cometida contra mulheres. Segundo dados obtidos em primeira mão pela GloboNews, foram 1.754 queixas formalizadas nas delegacias paulistas – tanto presencialmente quando no portal da Secretaria de Segurança Pública.
Há exatos seis meses, uma lei sancionada pelo governo federal tornou crime a violência psicológica, mas muitos casos ainda são subnotificados porque as vítimas não sabem que têm esse recurso ou por medo de denunciar.
A violência psicológica pode não ser vista como crime porque muitas vítimas entendem que por não deixar marcas físicas o agressor não poderia ser punido criminalmente. Mas as consequências da violência psicológica podem ser profundas na saúde de quem sofre, como ansiedade, depressão, pensamentos suicidas, e ser o início de um ciclo abusivo que pode se intensificar e se transformar também em agressões físicas ou até mesmo um feminicídio.