(Estadão| 11/03/2022 | Por Marina Dayrell)
Na semana que relembra a luta das mulheres por igualdade de gênero ao redor do mundo, uma pesquisa mostra que ainda há muito caminho a se percorrer no mercado de trabalho, principalmente para as mulheres negras e para aquelas que pertencem a outros grupos de vulnerabilidade, como transexuais, lésbicas, mulheres com deficiência e acima dos 50 anos. Levantamento feito pela consultoria Gestão Kairós, especializada em diversidade, aponta que, entre 900 líderes entrevistados (nível de gerência para cima), apenas 25% são mulheres – e, entre elas, apenas 3% são negras.
“O estudo nos possibilita refletir sobre como a gente universaliza a questão dos direitos das mulheres pela mulher branca. Quando vemos o nível da liderança, ficamos até felizes em ver que já temos 25% de mulheres, mas quando vemos que as mulheres negras são apenas 3% nós vemos o abismo de direitos que temos que enfrentar no Brasil”, explica Liliane Rocha, fundadora e CEO da Gestão Kairós, à frente da pesquisa.