(Nós, Mulheres da Periferia | 17/05/2022 | Por Beatriz de Oliveira)
“África liberta em suas trincheiras, quantas anônimas guerreiras brasileiras”. Este foi um dos versos entoados pela cantora do Afoxé Oyá Alaxé, atriz e contadora de história Ana Benedita, para abrir os caminhos da 2ª edição da Jornada das Pretas, reverenciando nomes de mulheres que lutaram contra a escravidão no Brasil: Luiza Mahín, Alquatune e Maria Filipa de Oliveira. “Salve as mulheres negras”!
Organizado pela Oxfam Brasil em parceria com o Instituto Alziras, Mulheres Negras Decidem e o Instituto Marielle Franco, a Jornada das Pretas teve início no último 14 de maio e discutiu o espaço das mulheres negras no processo eleitoral deste ano. Mesmo em um ambiente virtual, as participantes mostraram que afeto é política.
Reunindo 50 mulheres negras ativistas de diferentes estados, a Jornada terá um total de três encontros – os próximos ocorrem nos dias 21 e 28 de maio. “A ideia é fortalecer a construção de agendas, compartilhar experiências e trajetórias de mulheres negras. Fazer isso tudo em um espaço de encontro seguro e fortalecedor. Nesse processo, as experiências importam”, afirmou Monica Oliveira, facilitadora da jornada e assessora parlamentar em Pernambuco.