(Folha de S. Paulo| 21/06/2022 | Por Ana Luiza Albuquerque)
Ao conversar com mulheres na política, Mona Lena Krook perguntava se elas já haviam sofrido violência —e muitas vezes ouvia “não”. Porém, quando insistia e descrevia determinados tipos de violência —abusos, intimidação e ameaças—, frequentemente as mesmas mulheres diziam: “Ah, sim, foi o que eu sofri”.
A cientista política afirma que esse reconhecimento costuma esbarrar na linguagem, já que agressões psicológicas muitas vezes não são consideradas um tipo de violência. Por videoconferência, ela diz que é preciso aumentar a conscientização para solucionar o problema: “Nomeá-lo, dizer que não é aceitável”.
Professora de ciência política e chefe do programa de doutorado em mulheres e política da Universidade Rutgers (EUA), Krook participou em maio do webinar “Formação Política para Mulheres”, promovido pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) em parceria com o consulado dos Estados Unidos.