Disseminar as informações corretas sobre o procedimento é fundamental na luta contra a descriminalização e a garantia do direito das meninas e mulheres
(Natália Sousa/Azmina) Se você nasceu com um útero, provavelmente, em algum momento da sua vida, foi assombrada com alguma história que associava aborto à lesões muito sérias no corpo, infertilidade, problemas em gestações futuras e até morte. A sociedade, no geral, sempre alimentou vários mitos sobre aborto. E muitas dessas mentiras, sem embasamento científico, impedem as mulheres de obterem informações de qualidade e acesso à saúde para decidirem sobre seus corpos com segurança.
Na verdade, as complicações de um aborto, de modo geral, acontecem nos casos em que a mulher não tem assistência médica, passa por procedimentos defasados ou é empurrada a métodos inseguros, por conta de uma legislação restrita, como a do nosso País, e do enorme preconceito. No Brasil, só é permitido interromper uma gravidez em casos de estupro, anencefalia e risco de vida à mulher. Não querer a maternidade não é motivo suficiente.
Para que mulheres e meninas não se exponham a tantos riscos, a informação correta é imprescindível. Por isso, AzMina perguntou a algumas mulheres quais os principais mitos que já ouviram sobre o aborto e chamou a ginecologista, obstetra e ativista de direitos sexuais e reprodutivos Brunely Galvão para entender a verdade sobre o assunto.