Barbárie silencia debate sobre aborto no Brasil, por Silvia Pimentel e Maria Mendes

12 de julho, 2022 Folha de S.Paulo

Quadro atual intensifica retrocessos a avanços das últimas décadas

Emergiu na mídia, nas últimas semanas, com grande intensidade, o debate sobre o aborto no Brasil, depois da notícia da menina de 11 anos, vítima de estupro, que teve a interrupção legal da gravidez impedida, barbaridade felizmente revertida, em muito, pelo esforço feminista.

Essa e outras notícias contrapõem-se aos recentes avanços latino-americanos e europeus. Argentina, México e Colômbia recentemente conquistaram a legalização do aborto; no Chile, houve a inclusão desse direito no novo projeto de Constituição; na Alemanha, uma lei do período nazista, que dificultava o acesso ao aborto, foi derrubada pelo Parlamento.

Hoje, o mundo vive grande crise humanística. A barbárie tem ameaçado e se sobreposto à civilização de formas diversas e cruéis. As contradições do capitalismo neoliberal nos desafiam a enfrentar as forças manipuladoras e “emburrecedoras” dos poderosos de plantão.

Acesse o artigo completo no site de origem.

Silvia Pimentel – Professora doutora da Faculdade de Direito da PUC-SP, foi integrante por 12 anos do Comitê sobre a Eliminação contra a Mulher (Cedaw) da ONU; autora, ao lado de Alice Bianchini, de “Feminismo(s)” (ed. Matrioska)

Maria Mendes – Graduanda em direito e integrante da Equipe da Optativa Direito, Gênero e Igualdade (PUC-SP)

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