Grupo divulgou imagens a fim de combater a desinformação sobre aborto
(Giuliana Miranda/Folha de S. Paulo) Para tentar combater a desinformação relacionada ao aborto, um grupo de profissionais de saúde e ativistas pelos direitos reprodutivos dos Estados Unidos decidiu divulgar imagens reais do desenvolvimento dos tecidos dentro do útero durante as primeiras nove semanas de gravidez. As fotos revelam que, até esse estágio, não há embrião visível ou qualquer coisa que se pareça com um feto.
Responsáveis pela iniciativa chamam a atenção para o fato de que muitas das imagens de evolução gestacional em circulação foram produzidas por grupos contrários à interrupção da gravidez.
Uma das fundadoras da MYA Network, rede responsável pela divulgação do conteúdo, a médica Joan Fleischman afirma que muitas de suas pacientes se surpreendem ao ver, no consultório, a verdadeira aparência do material que foi coletado no aborto.
“Fui motivada pelas minhas pacientes a criar esse projeto. Algumas vezes, elas escolhiam ver os tecidos da gravidez no meu consultório. Elas se sentiam aliviadas, surpresas e até enganadas pelo fato de que [o material] não se assemelha a nada do que elas viram na internet”, diz a especialista em medicina familiar, em vídeo no site da campanha.