Organizações da sociedade civil e associações de direitos humanos enxergam ‘perseguição ideológica’ e intimidação às profissionais.
Duas advogadas que atuaram na defesa da menina de 11 anos de Santa Catarina, induzida pela juíza Joana Ribeiro Zimmer a desistir do aborto legal após estupro, prestaram depoimento na última semana na Delegacia de Polícia da Comarca de Tijucas, Grande Florianópolis, em um inquérito que apura a quebra do segredo de justiça do processo que veio a público em reportagem do Intercept com o Portal Catarinas.
O inquérito policial foi aberto para apurar “possível ocorrência de crime contra a administração pública” diante do “vazamento de informações dos autos”.
No começo de maio, Alison da Rocha Costa, delegado da Delegacia de Tijucas, determinou o interrogatório das advogadas Daniela Felix, com quem conversamos, e Ariela Rodrigues, que preferiu não falar sobre o caso por, segundo ela, estar abalada com a situação. A nenhuma delas foram apresentadas provas que as colocassem na condição de investigadas.