Núcleo da Secretaria Municipal de Educação criou material para orientar profissionais, mas distribuição é desafio
Escolas de São Paulo adotam mecanismos pontuais e buscam capacitação constante de seus profissionais para identificar vítimas de abuso sexual.
Na rede municipal da cidade, onde estudam pouco mais de um milhão de alunos, em 4.107 escolas, psicólogos, psicopedagogos e assistentes sociais são responsáveis por identificar e auxiliar possíveis vítimas de qualquer tipo de violência, entre elas a sexual.
O Naapa (Núcleo de Apoio e Acompanhamento para a Aprendizagem) começou a funcionar em 2015 e hoje acompanha 30 mil crianças que sofrem de transtornos mentais. Dessas, cerca de 8.000 foram vítimas de violência, sendo 900 do tipo sexual.
“A violência sexual pode ser identificada a partir de um comportamento diferente da criança. Temos uma lista de 20 situações que podem ser indícios disso”, diz Márcia Bonifácio, diretora do núcleo.