O “Sem Filtro” desta terça-feira (13) vai falar das chamadas “drogas do estupro”, usadas para dopar mulheres e aplicar golpes financeiros. Recentemente, ações das polícias de São Paulo e do Rio de Janeiro interceptaram o tráfico de GHB, que além de ser imperceptível ao se misturar com outras bebidas, pode levar a convulsões e a paradas cardíacas.
Outras substâncias funcionam de maneira parecida, como explica Rita Higa, professora de Toxicologia e Medicina Legal da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista). E muitas não são ilegais, como os remédios para ansiedade e depressão usados em grande quantidade. Sedativas, fazem a vítima desmaiar e perder a memória. “Assim facilitam a ação criminosa de estupro, roubos e golpes financeiros”, diz a especialista.
A estudante universitária Franciane Andrade, 24, conta ter sido uma vítima de uma “droga do estupro”. Em 2021, ela havia ido à festa do rodeio de Jaguariúna, no interior de São Paulo, e, sem perceber, alguém colocou um “boa noite, Cinderela” em seu copo —diz que, até onde se recorda, não aceitou bebida de ninguém. Acordou horas depois de chegar ao evento, em meio a um cruzamento de trânsito, e sem lembrar o que tinha acontecido. Após sentir dores na região íntima, procurou a delegacia e fez exames, que constataram estupro.