Hospitais da capital paulista não oferecem mais serviço após 20 semanas de gestação; OUTRO LADO: Secretaria Municipal da Saúde diz que mais 4 estabelecimentos realizam procedimento
A cidade de São Paulo foi responsável por 18,2% dos procedimentos de aborto legal realizados no Brasil entre 2022 e abril deste ano, segundo dados do SIH (Sistema de Informações Hospitalares) do SUS (Sistema Único de Saúde). O município realizou 1.128 das 6.203 intervenções feitas no período.
De acordo com o último Censo Demográfico, São Paulo tem 11.451.999 de habitantes, o que representa 5.6% da população do país, com 203,1 milhões de brasileiros.
Pioneira no serviço de aborto legal, a capital paulista atende pessoas da própria localidade e de outras cidades do estado e fora dele. Desde o encerramento do serviço no Hospital Vila Nova Cachoeirinha, no final do ano passado, porém, não há instituições no município que oferecem a interrupção da gestação após a 20ª semana.
“O Hospital da Cachoeirinha era o único no estado de São Paulo que oferecia serviços de interrupção de gestação para casos avançados. Este era um centro de referência não só para São Paulo, mas para todo o estado e até para regiões vizinhas”, diz a defensora Tatiana Bias Fortes, coordenadora do Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres.