63% das vítimas de feminicídio no Brasil são mulheres negras e periféricas

Ato contra o feminicídio no Distrito Federal na cidade satélite de São Sebastião (DF). Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Ato contra o feminicídio no Distrito Federal na cidade satélite de São Sebastião (DF). Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

14 de janeiro, 2025 Band UOL Por Olívia Freitas

Vítimas costumam ter entre 18 e 44 anos e são mortas, na maior parte dos casos, em casa

Três casos de feminicídios foram registrados em São Paulo em um intervalo de 12 horas. As vítimas têm algo em comum: são de regiões periféricas. Segundo estatísticas, mulheres negras e que vivem em periferias estão mais vulneráveis a esses crimes.

Uma das vítimas tinha 25 anos e deixou três filhos. Ela foi esfaqueada e jogada pela janela da casa em que morava na frente do filho mais velho, de 8 anos. O assassino, marido de Kauane Ribeiro, foi preso em flagrante.

Em 12 horas, poucos quilômetros separaram três histórias com o mesmo desfecho: mulheres jovens assassinadas a facadas pelos companheiros ou ex-companheiros.

Além de Kauane, Thainá Bueno, de 29 anos, foi esfaqueada pelo ex-companheiro ao atende-lo no portão da sua casa, no Campo Limpi, zona sul de São Paulo. Uma vizinha tentou ajuda-la e atacou o agressor com paus, mas ele conseguiu fugir.

Em Carapicuíba, na região metropolitana da capital, Neusa da Silva, de 43 anos, também foi morta a facadas pelo ex-marido. Ela estava com a filha, passando pela rua, quando foi atacada. Depois do crime, o homem foi contido por moradores e também foi morto.

Na capital paulista e região metropolitana, entre janeiro e novembro do ano passado, foram 226 mortes por feminicídio. O dado representa um aumento de 31 casos se comparado ao mesmo período do ano anterior. Em 2023, em todo o país, mais de 1,4 mil mulheres foram assassinadas.

Acesse a matéria no site de origem.

Nossas Pesquisas de Opinião

Nossas Pesquisas de opinião

Ver todas
Veja mais pesquisas