(Seppir) A discussão proposta para a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável – Rio+20 passa necessariamente pela revisão das relações de trabalho (e não só com o meio ambiente) que estruturam os sistemas de produção capitalista na contemporaneidade. Um dos principais objetivos da Seppir – Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República é fomentar, entre as lideranças da cúpula, a discussão sobre como o racismo impacta diretamente na questão do desenvolvimento sustentável.
É fato comprovado que a realidade socioeconômica de diversos países na contemporaneidade segue altamente influenciada pela reprodução de padrões históricos de desigualdade. Como de costume, são as comunidades tradicionais e, em diferentes graus e formatos, os afrodescendentes, indígenas e migrantes aqueles que mais experimentam essa realidade de exploração que perpetua situações de pobreza, carência e condições inadequadas de convívio social em vários aspectos.
Dar visibilidade a isto é o grande desafio da ministra Luiza Bairros, representante do Governo Federal para as discussões sobre igualdade racial, num evento que reúne lideranças de pelo 134 países – cada um com suas prioridades específicas. Os três dias da conferência, que acontece de 13 a 22 de junho, serão reservados para a última rodada de negociação do documento da Rio+20 antes da reunião de cúpula dos chefes de Estado. É um tempo curto para se chegar a um resultado consensual significativo – especialmente numa época em que os recentes acontecimentos no Oriente Médio tornam ainda mais delicadas discussões que envolvam temas como raça ou etnia.
No documento Desenvolvimento Sustentável e População Negra – Crescer, Incluir e Proteger, que a SEPPIR está distribuindo entre os participantes da Rio+20, estão elencados os principais aspectos que norteiam e representam o posicionamento do Governo Federal nestas questões, como:
– É possível efetivar uma política de desenvolvimento sustentável conjugada com a manutenção de situações de injustiça social e não inclusão para uma população que, segundo os dados do último Censo /IBGE (2010), se declara majoritariamente afrodescendente? Como os aspectos centrais da questão racial na sociedade brasileira impactam o grande desafio da sustentabilidade socioeconômica no século 21?
– Historicamente, o racismo tem sido peça fundamental de estruturação de sistemas de produção baseados em relações injustas de trabalho, mas também na destruição do meio ambiente. Atividades produtivas relevantes para o crescimento econômico dos últimos séculos tiveram e têm por base a exploração de mão de obra escravizada e práticas predatórias no uso dos recursos naturais. Como os países desenvolvidos pretendem reverter esse quadro, sem prejuízo do seu desenvolvimento?
A ministra Luiza Bairros está disponível para entrevista sobre estes e outros temas cuja discussão será estimulada pela SEPPIR durante a realização da Rio+20
Coordenação da Assessoria de Comunicação da SEPPIR – Juci Machado (61) 2025.7040 / 2025.7040 / 9127.8708
Jornalistas
Carmen Lustosa (61) 2025.7148 / 2025.7148
Fernanda Lopes (61) 2025.7041 / 2025.7041 / 9922.3606
Sandro Lobo (61) 2025.7038 / 2025.7038 / 9667.5135
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DA SEPPIR NA RIO+20 ——
18 de junho – Segunda-feira
11h – Roda de Conversa “Ancestralidade Africana no Brasil”
Local – Píer Mauá (Zona Portuária) Avenida Rodrigues Alves, 10, Praça Mauá
10h às 15h – Reunião ordinária da Comissão Nacional de Política de Desenvolvimento Sustentável para Povos e Comunidades Tradicionais – Convenção 169 da OIT – Povos e Comunidades Tradicionais Informes Apresentação do Projeto Ypadê
Local – Auditório do MAM (Parque do Flamengo)
Promoção: CNPTC
19 de junho – Terça-feira
9h às 18h – Fórum de Líderes sobre o Futuro que as Mulheres Querem: Igualdade de Gênero e Empoderamento das Mulheres para o Desenvolvimento Sustentável. Participação da Ministra Luiza Bairros.
Local – Riocentro
10h às 15h – Reunião ordinária da Comissão Nacional de Política de Desenvolvimento Sustentável para Povos e Comunidades Tradicionais – CNPTC – Convenção 169 da OIT – Povos e Comunidades Tradicionais
Local – Auditório do Mam (Parque do Flamengo)
11h – Oralidade e Web: Tradições Orais e Conectividade. As tradições conectadas via internet seus usos e linguagens
Local – Píer Mauá (Zona Portuária) Avenida Rodrigues Alves, 10, Praça Mauá
20 de junho – Quarta-feira
17h30 às 19h30 – “Povos Tradicionais e Comunidades Indígenas: Valorização do Conhecimento” Participação da Ministra Luiza Bairros.
Local – Arena Socioambiental (Parque do Flamengo)
21 de junho – Quinta-feira
10h – Roda de Conversa: Povos Tradicionais de Matriz Africana – Território e Desenvolvimento Sustentável.
Local – Píer Mauá (Zona Portuária) Avenida Rodrigues Alves, 10, Praça Mauá
22 de junho – Sexta-feira
11h – Lançamento de livro “Contos e Crônicas do Mestre Tolomi: Africa Viva no Brasil” e roda de conversa com o autor.
Local – Píer Mauá (Zona Portuária) Avenida Rodrigues Alves, 10, Praça Mauá
16h – Oralidade e Web: tradições orais e conectividade. Promoção Seppir e Ministério das Comunicações
Local – Píer Mauá (Zona Portuária) Avenida Rodrigues Alves, 10, Praça Mauá
Os eventos da SEPPIR acontecem em parceria com o Ministério das Comunicações, Ministério do Desenvolvimento Social, ONU Mulheres e Comissão Nacional de Política de Desenvolvimento Sustentável para Povos e Comunidades Tradicionais (CNPTC).
Acesse em pdf: Seppir promove discussão sobre impactos do racismo na Rio+20 (Seppir – 15/06/2012)
