(O Estado de S. Paulo) Os exames preventivos normalmente recomendados a mulheres sadias para investigar a possibilidade de câncer nos ovários são mais prejudiciais que benéficos e não deveriam ser feitos, afirmou nesta última segunda, 10, a Força-Tarefa de Serviços Preventivos, dos Estados Unidos.
Esses exames – de sangue para avaliar uma substância relacionada ao câncer e ultrassons – não reduzem a taxa de mortalidade por causa da doença e apresentam vários resultados falsos positivos que levam a operações desnecessárias com número elevado de complicações. “Não há nenhum exame atualmente que permita avaliar a situação dos ovários de maneira a reduzir a taxa de mortalidade”, disse Virginia Moyer, presidente da entidade.
A advertência se aplica somente a mulheres saudáveis com risco médio de câncer nos ovários e não àquelas que apresentam sintomas suspeitos nem às que têm mutações genéticas ou histórico da doença na família.
O mesmo grupo de médicos rejeitou os exames de PSA para o câncer de próstata e mamografias de rotina em mulheres com menos de 50 anos. A força-tarefa é um grupo composto por 16 especialistas, nomeados pelo governo, mas independente, que divulga as recomendações sobre exames preventivos e outras iniciativas. Sua advertência baseia-se em evidências colhidas na prática e não nos custos.
As recomendações foram publicadas na revista Annals of Internal Medicine. A advertência não é nova – o grupo reafirma posição expressa em advertência anterior. E embora tenha sido alvo de críticas no passado, como em relação à mamografia, no caso atual recebeu amplo apoio
Acesse em pdf: Investigação de câncer em ovário é questionada (O Estado de S. Paulo – 12/09/2012)