27/11/2012 – Inca aponta redução da mortalidade por câncer de colo do útero

27 de novembro, 2012

(Globo.com) As taxas de incidência e mortalidade por câncer do colo de útero sofreram reduções nas principais capitais brasileiras. Os dados foram apresentados nesta terça-feira, Dia Nacional de Combate ao Câncer, pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), como destaque de um documento que divulga novos números sobre a doença em todo o país, com base em pesquisas em 11 cidades.

O estudo, intitulado “Informativo Vigilância do Câncer”, mostrou que Curitiba apresentou a maior queda, tanto para o número de novos casos (-9,4% de 1998 a 2006) como para o total de óbitos (-7,9%). Outras cidades que mostraram boa queda foram São Paulo (-7,4% e -3,6% de 1997 a 2008) e Goiânia (-4,9% e -3,2% de 1988 a 2008). São os dados mais recentes. Se não chegam a 2010 ou 2011, explica o Inca, isso de deve à falta de números cedidos pelo governo dos estados das capitais estudadas.

Para o diretor-geral da instituição, Luiz Antonio Santini, os resultados e as informações vão ajudar os gestores de saúde a melhorar o controle sobre a doença.
— O câncer do colo do útero é um tipo de tumor altamente prevenível. Verificamos uma queda nas taxas deste tipo da doença e os dados nos permitem fazer um planejamento adequado para manter a vigilância contra o problema — declara.

O que chama a atenção na pesquisa é a ausência do Rio de Janeiro. Segundo o Inca, para uma avaliação de tendência de queda ou acréscimo de incidências e óbitos de câncer é necessário um trabalho de coleta de dados por no mínimo oito anos. O estado, porém, não tem o registro de novos casos desde 1999, quando o instituto sugeriu a parceria com todos as unidades federativas para a realização do estudo.

Nas cidades divulgadas, porém, houve crescimento ou o padrão se manteve estável quanto à incidência de câncer de mama em seis delas. Em Fortaleza (1990 a 2006) e Recife (1996 a 2005), não houve alteração. O índice cresceu, no entanto, em Porto Alegre (+3,6% de 1993 a 2005), João Pessoa (+3,8% de 1999 a 2006), Aracaju (1996 a 2006) e Goiânia (ambos com +3%).

— São várias respostas para este crescimento. Pode ser o aumento do número de exames, o envelhecimento da população. A presidente Dilma Rousseff, porém, lançou no ano passado uma campanha de combate a este tipo de câncer e estamos esperançosos de melhores resultados no futuro — afirma Santini.

Quanto ao câncer de pulmão, surpreendeu a diferença de tendências entre os gêneros. Em relação aos homens, a incidência diminuiu em São Paulo (- 7,2%), Salvador (-5,7% de 1997 a 2004) e Curitiba (-3,2 %). Entre as mulheres, a queda foi bem menor. Em São Paulo foi de 3,5% e em Cutitiba de 1,1%. João Pessoa, capital da

Paraíba, mostra números surpreendentes. Entre as mulheres, o aumento foi de 21,4%. Entre os homens, de 9%. A mortalidade cresceu em todas as cidades.

— O câncer de pulmão é algo que demora a se desenvolver e ser diagnosticado, podendo durar todo o processo mais de 20 anos. A população, em geral, também tem envelhecido, o que leva, por exemplo, ao crescimento na taxa de mortalidade. Se temos, porém, casos de queda na taxas de incidência, isso se deve, acredito, às campanhas incessantes contra o fumo — diz Santini. — Quanto a João Pessoa, houve uma melhora recente na rede de informações, o que permitiu observar com mais clareza as informações. Por isso o aumento, que era esperado.

 

Acesse em pdf: Inca aponta redução da mortalidade por câncer de colo do útero (Globo.com – 27/11/2012)

 

 

Nossas Pesquisas de Opinião

Nossas Pesquisas de opinião

Ver todas
Veja mais pesquisas