(Adital) O Relatório Alternativo da Sociedade Civil a ser enviado ao Comitê das Nações Unidas da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação à Mulher (CEDAW), ainda está em fase final de compilação e estudo dos dados coletados, mas já revela problemas no tocante ao combate ao tráfico de mulheres e ao apoio à saúde das mulheres brasileiras. O documento aponta o aumento da feminização da Aids e o crescimento das denúncias de tráfico de mulheres e meninas, o que pode indicar a ausência do Estado para a prevenção e o enfrentamento do problema, cujas causas são estruturais, como apontam os estudos.
O aumento da feminização da Aids, situação na qual a criança é infectada pelo vírus durante a gestação, parto ou amamentação, é comprovado pela taxa de nascidos com HIV na região sul do Brasil, que é de 5,4 casos a cada mil nascidos vivos, enquanto a média nacional é de 2,3 casos. Quanto aos números de denúncias de tráfico de mulheres e meninas, os números mostram o aumento nas denúncias em 1.517% no primeiro semestre de 2013 em comparação ao mesmo período de 2012. Segundo o balanço divulgado pela SPM/PR, entre os meses de janeiro a junho, o Ligue 180 recebeu 263 denúncias, das quais 173 sobre casos internacionais e 90 no Brasil. Em 34% dos registros, havia risco de morte da vítima.
Um outro fato que também estará presente no relatório é o caso da jovem Alyne da Silva Pimentel Teixeira, que faleceu devido à má qualidade no atendimento prestado pelos serviços de saúde em 2002. Grávida de 27 semanas, ela procurou uma casa de saúde particular com vômitos e fortes dores abdominais e nenhum exame mais detalhado foi prescrito. O feto acabou morrendo, a demora para a cirurgia de retirada da placenta e a falta de cuidados no encaminhamento da paciente para um hospital público acabaram causando o coma e a posterior morte de Alyne.
Acesse a íntegra no Portal Compromisso e Atitude: Aumenta feminização da Aids e crescem denúncias de tráfico de mulheres (Adital – 21/11/2013)