(Portal Vermelho) Esses são relatos do dia que marcou a vida de Clara, Larissa e Giovana. O dia em que elas foram vítimas de violência sexual. E o que elas têm em comum, além disso? O sentimento de culpa e de vergonha, por ter bebido, por ter entrado naquele carro, ou por ter ido até aquela casa
Hoje aos 34 anos, a escritora Clara Averbuck carrega a marra que conquistou aos 13. Após o fato, o domínio sobre o próprio corpo virou questão de honra, mas mesmo assim ela só conseguiu falar abertamente sobre o que lhe aconteceu 20 anos depois. “O cara me levou para o banheiro. Eu tinha ficado vulnerável e tinha que me cuidar porque era mulher e o mundo é cheio de homem filha da puta”, lembrou Clara. “Eu não fiquei deprimida, não fiquei com vergonha. É uma ‘coisa’, não é uma culpa. Claro que eu digo, ‘não, que besteira!’, mas é uma culpa, sabe?”
Também é assim com Larissa, uma ‘coisa’. Ela, que prefere não divulgar o verdadeiro nome, vive se perguntado, “e se eu não tivesse aceitado sair com eles, se eu não tivesse ficado no carro, e se…”. São várias hipóteses que não solucionam a depressão que a assolou, o medo de sair na rua e pegar o metro se tornou impossível, pois entrava em pânico toda vez que tinha que ficar no mesmo ambiente que outros homens.
Acesse a íntegra no Portal Compromisso e Atitude: Sem (des)culpa: mulheres que sofreram violência sexual (Portal Vermelho – 09/12/2013)