Conhecido no mundo como o navio do aborto, a embarcação Aurora adiou sua vinda ao Brasil. Há dois anos, o navio oferece a possibilidade de se fazer aborto em alto-mar (em águas não territoriais, onde a legislação de um país não se aplica). Ligado à ONG Wow (Women on Waves, ou Mulheres sobre as Ondas em inglês), o navio anunciou que cancelou o giro previsto pela costa de Brasil, Chile, Argentina e Nicarágua. As informações são do jurista Wálter Fanganiello Maierovitch, ex-secretário Nacional Anti-Drogas, no Terra Magazine.
A decisão foi tomada pela médica holandesa Rebeca Gomperts, de 43 anos, fundadora da WOW, após mudança na legislação holandesa, que passou a impor restrições ao uso da bandeira holandesa para embarcações do tipo do Aurora, da Women on Waves. Sem a bandeira holandesa, o navio perde imunidade durante a ancoragem nos portos de países que têm leis contra o aborto, caso do Brasil e de todos aqueles o Aurora visita.
A médica holandesa também pertence ao Greenpeace, que apóia a WOW. Como explica Maierovitch, a atividade da Mulheres sobre as Ondas não se resume ao aborto com intervenção cirúrgica. Depois de examinar e diagnosticar o tempo de gravidez das mulheres, a equipe médica a bordo também distribuía pílulas abortivas. Os programas governamentais holandeses deixaram de repassar pílulas abortivas para a WOW.
Acesse a matéria em pdf (O Dia/RJ – 03/08/09).
Indicação de fontes:
Débora Diniz – antropóloga
Anis – Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero
Tel.: (61) 3343-1731 – [email protected]
Sobre: aborto e bioética
Leila Adesse – médica
Ipas Brasil
Tel.: (21) 2532-1930 – [email protected]
Sobre: saúde pública
Sonia Corrêa – cientista política
Sexuality Policy Watch e ABIA (Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS)
Tel.: (21) 2223-1040 – [email protected]
Sobre: ONU e do Direito Internacional; aspecto filosófico e moral
Télia Negrão – Secretária Executiva da Rede Feminista de Saúde
Cel.: (51) 9984-1553 – [email protected]
Sobre: direitos sexuais e direitos reprodutivos