(Agência Senado, 26/03/2014) O Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, em parceria com a Procuradoria da Mulher, promoveram nesta quarta-feira (26), no auditório do Interlegis, no Senado, o debate Gênero, Trabalho e Família: as Várias Jornadas da Mulher Moderna. Participaram 69 inscritos de diversos órgãos.
Segundo os organizadores, o objetivo do encontro foi contribuir para a reflexão dos colaboradores e da sociedade em geral sobre o uso adequado do tempo, tendo como olhar o recorte de gênero nas relações de trabalho.
Na abertura, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), presidente da Procuradoria Especial da Mulher do Senado, relatou algumas ações tomadas pela Casa nas comemorações deste Mês da Mulher. Ressaltou alguns dados de pesquisa realizada pelo DataSenado, que detectou diferenças na percepção entre homens e mulheres em relação, por exemplo, às possibilidades de ascensão profissional em função do sexo. Grazziotin, por outro lado, declarou que o Senado é hoje “uma referência no Brasil na discussão de políticas afirmativas para mulheres no Poder Legislativo”.
A diretora-geral-adjunta do Senado, Ilana Trombka, confirmou que a Casa está comprometida com a questão feminina e pretende dar novos passos na direção da igualdade de oportunidades entre os sexos. Uma das ações previstas é a implantação de uma sala de amamentação.
– O Senado busca resgatar uma dívida histórica com as mulheres, que demoraram mais para poderem votar, para trabalhar e, talvez por isso, ainda tenha pouca representação na política, reforçou Trombka.
Em seguida, o assessor especial da Secretaria de Transparência, Thiago Costa, apresentou os principais dados da pesquisa sobre equidade de gênero no Senado feita pelo DataSenado entre 25 de fevereiro e 14 de março, com 387 servidores. Os resultados totais serão divulgados pela Procuradoria da Mulher, nesta quinta-feira, 27.
Entre outras constatações, revelou-se que 65% dos servidores acredita que homens e mulheres têm as mesmas oportunidades de crescimento profissional.
– A pesquisa registrou ainda diferenças importantes: entre as entrevistadas, 39% avaliam que mulheres com filhos pequenos não estão em condições de igualdade com os homens de serem convidadas para assumir uma chefia. Entre os homens, apenas 16% consideram que existe tal disparidade, informou Costa.
Também participaram com palestras e do debate: Lia Zanotta, professora do Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília (UnB); Natália Fontoura, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e Tatau Godinho, secretária de Políticas do Trabalho, da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), da Presidência da República. A consultora do Núcleo Social do Senado, Cleide Lemos, fez a mediação da mesa.
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