(Agência Senado, 27/03/2014) No Senado, maioria de 65% dos servidores acredita que homens e mulheres têm as mesmas oportunidades de crescimento profissional. É o que revela pesquisa de opinião feita pelo DataSenado, dos dias 25 de fevereiro a 14 de março de 2014, com 387 servidores da Casa. Por outro lado, 22% consideram não existir essa igualdade de oportunidades entre gêneros. Desses, 93% são taxativos: no Senado, homens têm mais chances de crescer profissionalmente do que mulheres.
Apesar desse indicativo, cumpre destacar que, entre os próprios entrevistados, verifica-se que os homens ocupam mais postos de chefia do que as mulheres: 35% deles contra 22% delas.
Para 82% dos entrevistados, a probabilidade de receber um convite para assumir uma chefia é a mesma, independente do sexo do servidor. Em contrapartida, na opinião de 11%, o sexo é sim um fator que influencia na hora de se fazer esse tipo de proposta. Nesse contexto, registrou-se uma diferença de 10 pontos percentuais na análise por perfil: enquanto 87% dos homens negam a existência de qualquer tipo de discriminação com relação à escolha de mulheres para cargos de chefia, são 77% as servidoras que têm a mesma opinião.
Ao investigar as questões de gênero vividas pelos servidores do Senado, a pesquisa registrou ainda diferenças importantes: entre as entrevistadas, 39% avaliam que mulheres com filhos pequenos não estão em condições de igualdade com os homens de serem convidadas para assumir uma chefia. Entre os homens, apenas 16% consideram que existe tal disparidade.
As mulheres também são maioria (66%) a apontar que elas seriam capazes de abrir mão de uma chefia para passar mais tempo com os filhos; 52% dos homens têm a mesma percepção.
Do total de servidoras entrevistadas, 45% já receberam convite para assumir cargo de chefia, sendo que 72% delas aceitaram o desafio. Das outras 25% que disseram ter recusado a proposta, 40% alegam que o principal motivo reside no fato de querer cuidar dos filhos.
Entre todos os respondentes, 56% avaliam que aceitariam postos de comando mesmo que fosse necessário reduzir o tempo dedicado à família; 35% não estariam dispostos a assumir esse compromisso, enquanto 10% não têm opinião formada sobre o assunto ou preferiram não se manifestar.
Por fim, caso fosse possível decidir livremente entre assumir uma chefia ou dedicar-se à maternidade, 32% das entrevistadas disseram que optariam pela maternidade, 26% privilegiariam a carreira, e 15% indicaram não ter interesse em nenhuma das duas opções. Surpreendentemente, 26% não souberam ou preferiram não responder a essa questão.
A pesquisa registrou ainda que, entre as 175 servidoras que foram entrevistadas, 65% têm filhos. Dessas, 32% têm apenas um, 48%, dois, e 19% indicaram ter três ou mais filhos. Também 65% delas disseram ter filhos menores de 18 anos.
Fonte: Secretaria de Transparência – Senado Federal
Acesse o site de origem: Pesquisa Equidade de Gênero no Senado