(Blog da Saúde, 19/05/2014) Aumentou em 9,7% o número de mulheres que fizeram o exame de mamografia. Tal dado foi revelado pela pesquisa Vigitel 2013 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) feita com mulheres das capitais brasileiras e do Distrito federal. Em 2007, 71,1% das mulheres com idade entre 50 e 69 anos afirmaram ter se submetido ao exame. Em 2013, o percentual subiu para 78%.
Esse crescimento pode ser atribuído, também, à ampliação dos investimentos, gerando um maior acesso ao exame que detecta precocemente o câncer de mama. É o que afirma a coordenadora-geral de Atenção à Pessoa com Doenças Crônicas do Ministério da Saúde, Patrícia Sampaio Chueiri. “Faz já alguns anos que o Ministério vem ampliando a política de financiamento da mamografia, assim como o financiamento de mamógrafos no país. Esse aumento é o reflexo dessa política que se iniciou alguns anos atrás”, explica Patrícia. Houve um crescimento de 18% no investimento em oncologia no SUS de 2012 para 2013, passando de R$ 2,4 bilhões para R$ 2,8 bilhões.
O Sistema Único de Saúde (SUS) garante a oferta gratuita de exame de mamografia para as mulheres brasileiras em todas as faixas etárias. A faixa dos 50 aos 69 anos é definida como público prioritário para a realização do exame preventivo pela Organização Mundial de Saúde(OMS) e seguida pelo Ministério da Saúde baseado em estudos que comprovam maior incidência da doença e maior eficiência do exame.
“A mamografia é um das tecnologias que pode contribuir no enfrentamento ao câncer de mama e no tratamento precoce, gerando melhores resultados para a saúde das mulheres. Pois quando detectado precocemente, o câncer de mama tem grandes chances de cura”, argumenta Esther Vilela, coordenadora da Saúde da Mulher do Ministério da Saúde.
A pesquisa Vigitel 2013 mostrou, ainda, que a escolaridade das mulheres se mostrou um fator determinante à realização do exame de mamografia. O percentual de entrevistadas com mais de 12 anos de estudo que fizeram a mamografia foi 88,3% e entre aquelas que estudaram até oito anos, a proporção ficou em 72,9%.
Acesso – O Ministério da Saúde tem investido na melhoria do acesso da população à prevenção, exames e tratamentos do câncer. De 2010 a 2013, o investimento do Governo Federal em oncologia disparou 47% – de R$ 1,9 bilhão para R$ 2,8 bilhões.
Para ampliar ainda mais o acesso ao tratamento do câncer no país, o Ministério da Saúde vai criar, até final de 2014, 41 novos centros de radioterapia em todo o país, especialmente no interior do Brasil. Além da ampliação de 39 serviços existentes.
Investimentos – O Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de Mama, criado em 2011, pela presidenta Dilma Rousseff, investirá R$ 4,5 bilhões de 2011 a 2014 no diagnóstico precoce, tratamento e ampliação da rede de assistência aos pacientes com câncer.
Incentivo – O Ministério da Saúde disponibiliza R$ 3,7 milhões por ano para incentivar unidades habilitadas em oncologia a ampliarem o acesso a exames de detecção precoce, bem como melhorarem o atendimento prestado a mulheres.
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