(Rádio Onu, 13/06/2014) O Dia Mundial do Doador de Sangue é neste sábado, 14 de junho, e a Organização Mundial da Saúde, OMS, está pedindo aos países que melhorem o acesso do sangue seguro para salvar a vida de mães e grávidas.
De São Paulo, o presidente da Fundação Pró-Sangue, Vicente Odone Filho, explicou à Rádio ONU o que é sangue seguro.
Testes
“Significa poder fazer processos de transfusão sem possibilidade de transmissão de infecções, garantindo um produto de qualidade que não traga riscos a quem o recebe. Nós temos testes para detectar a presença do HIV, por exemplo, hoje graças a modernas tecnologias, nós temos a possibilidade de identificar uma janela de contaminação num período de horas.”
Segundo a OMS, 800 mulheres morrem por dia devido a complicações da gravidez ou do parto. Hemorragia severa é a maior causa das mortes maternas e pode matar a mulher em duas horas caso não exista o atendimento adequado.
Dificuldades
Para Vicente Odone Filho, a escolha do tema para o Dia Mundial do Doador de Sangue é oportuna.
“Quando nós estamos falando em mães, nós estamos falando do binômio mãe e filho e esses números mostram a realidade do problema. Nós temos conhecimento de que em áreas do nosso país inclusive, nós temos ainda muita dificuldade para poder suprir isso de uma maneira apropriada. Esse esforço é contínuo.”
A Organização Mundial da Saúde revela que em 73 países, mais de 90% dos estoques de sangue são de doações voluntárias. No mundo, 108 milhões de doações são coletadas por ano, a metade em países de renda alta.
Campanha
Segundo o presidente da Fundação Pró-Sangue, os estoques da entidade estão abaixo da meta de 12 mil bolsas coletadas por mês. Em média, a Fundação recebe cerca de 10 mil bolsas.
Vicente Odone Filho explica que com a aproximação do inverno, a tendência das doações é cair ainda mais. Por isso, a Fundação Pró-Sangue aproveita o clima da Copa do Mundo para atrair mais doadores, fazendo uma campanha em parceria com o jogador da seleção, Daniel Alves.
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