(Geledés, 24/07/2014) De acordo com estimativas do “Relatório de Monitoramento Global Educação para Todos 2013/2014”, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), cerca de 2,9 milhões de meninas até 15 anos são casadas na África Subsaariana, no sul e no oeste da Ásia – o equivalente a uma em cada oito meninas dessas regiões.
Essas estatísticas alarmantes representam milhões de meninas privadas de sua infância e sem acesso à educação. Para mudar essa realidade, a permanência de meninas na escola é fundamental para capacitar as mulheres a superar a discriminação, instruindo-as a ter maior consciência de seus direitos e maior confiança e liberdade para tomar decisões que afetam suas vidas.
Se todas as meninas completassem o ensino primário na África Subsaariana, no sul e no oeste da Ásia, o número de meninas que se casariam aos 15 anos cairia em 14%; e aquelas que alcançassem o ensino secundário, representariam menos 64%.
Além disso, ficar mais tempo na escola também proporciona às meninas mais confiança para fazer escolhas que evitem os riscos de saúde dos nascimentos precoces e dos nascimentos em rápida sucessão.
Atualmente, uma em cada sete meninas da África Subsaariana, do sul e do oeste da Ásia tem filhos antes dos 17 anos. Nessas regiões, 10% o número de meninas que engravidariam se todas tivessem o ensino primário cairia 10% e significaria uma diminuição de 59% se todas tivessem o ensino secundário. O resultado desse incentivo educacional também acarretaria em cerca de 2 milhões de nascimentos precoces a menos.
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