(O Estado de S. Paulo) “O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decreta a prisão temporária de Rafael da Silva Lima, de 27 anos, suspeito de assassinar a facadas a ex-mulher Íris Bezerra de Freitas, de 21. O corpo dela foi encontrado dentro de uma mala, no canal do Leblon. Até o fechamento desta edição, o suspeito permanecia foragido.”
A propósito do crime ocorrido no Rio de Janeiro, o suplemento Aliás do jornal O Estado de S. Paulo relembrou o “crime da mala” mais famoso do país, quando a italiana Maria Mercedes Féa foi assassinada pelo marido, o também italiano Giuseppe Pistone. O crime também aconteceu no Rio de Janeiro, mas no início do século passado.
O mais curioso é que, embora tenha sido vítima do marido, a italiana virou santa do povo brasileiro: “Santa Maria Féa, protetora do lar”.
Giuseppe Pistone foi condenado a 31 anos de prisão. Dezesseis anos depois, sua pena foi comutada para 20 anos. Saiu em liberdade em 5 de novembro de 1948, do presídio do Carandiru para a cidade de Taubaté, onde se empregou como zelador de um prédio.
De volta ao Rio de Janeiro, 2010: “Rafael (Silva) é o principal suspeito de ter matado Íris a facadas, colocado a moça de 21 anos numa mochila azul, dobrado seu corpo com se fosse ela uma contorcionista e jogado a mala no canal da Rua Visconde de Albuquerque, no Rio de Janeiro. A moça, natural de Fagundes(PB), foi encontrada por funcionários da Rio Águas em dia de limpeza do canal. A polícia não descarta a premeditação do caso. Dias antes do ocorrido, a mãe de Rafael levou a filha do casal, de 2 anos, para a cidade de Chã de Alegria, em Pernambuco, aparentemente sob o aval de Íris. Sabe-se que o casal brigava constantemente por ciúme e Rafael, atualmente desempregado, não teria aceitado com tranquilidade ser demitido também do casamento. Ambos moravam na favela da Rocinha.”
Acesse a reportagem: Santa Maria da Mala (O Estado de S. Paulo – 16/05/2010)