(Folha de S.Paulo) Se por um lado o Brasil vem registrando nos últimos anos uma acentuada da queda na mortalidade infantil, as mortes de recém-nascidos (com até 28 dias de vida) são maioria nas estatísticas de óbitos entre crianças de até um ano, já que só caíram 36%, ante 54% de redução nas mortes dos bebês em geral.
“Isso acontece porque, se por um lado, o Brasil teve bons avanços em áreas como saneamento básico e vacinação, beneficiando a todos os bebês, por outro a melhora não é tão grande em cuidados para recém-nascidos. São vários os problemas, desde a má qualidade das consultas de pré-natal e da assistência ao parto, até a falta de UTI neonatal e de estrutura para a gestante e para o bebê de alto risco. Segundo o próprio Ministério da Saúde, 70% das mortes de recém-nascidos ocorrem por causas evitáveis”, diz reportagem da Folha.
Falha na atenção à gestante
Recente pesquisa do Ministério da Saúde e das universidades de Brasília (UnB) e de São Paulo (USP) concluiu que as falhas na atenção à gestante contribuíram para um aumento de 28% no risco de mortalidade fetal ou neonatal, em especial devido a fatores como a hipertensão.
“Se você tem uma mãe hipertensa, diabética, ela deve ser bem controlada. Se não tiver bom pré-natal, entra em trabalho de parto prematuro e aí começam os problemas”, declarou a pediatra Maria Fernanda de Almeida, coordenadora do Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Leia na íntegra: Redução de mortes de bebês de até 1 mês é mais lenta (Folha de S.Paulo – 30/07/2010)