(O Globo) Um casal de lésbicas do Paraná trava uma batalha judicial envolvendo o filho. Após mais de 10 anos vivendo juntas, Cátia Luana Ramos Mendonça e Maria da Graça Negrelo decidiram ter um filho.
Cátia engravidou por inseminação artificial e o menino viveu com o casal por 7 anos, quando as duas se separaram pela primeira vez. A mãe biológica impediu Maria da Graça de ver a criança, o que a fez entrar na Justiça. Mas as duas se reconciliaram e voltaram a viver juntas.
Em março deste ano, as duas mulheres se separaram novamente. Mais uma vez, Cátia teria impedido a ex-companheira de ver o menino. Maria novamente procurou a Justiça para ter o direito de ver a criança. Em audiência no Juizado Especial Criminal, em Curitiba, não houve acordo. O assunto vai agora ser tratado na Vara de Família.
“A questão do direito de visitas vai ser discutida no fórum competente, que é a Vara de Família. Contudo, nem no Fórum de Família há legislação específica para tratar do tema. Não há lei. Há, sim, jurisprudência”, afirma o advogado de Maria da Graça, João Atanásio.
“Estou triste e saudosa, porque eu amo essa criança de paixão. Efetivamente eu me considero mãe dele. Não fui eu que o pari, mas eu convivo com ele há 12 anos, numa relação de carinho, afeto, respeito e estou realmente com muita saudade dele”, desabafa Maria da Graça.
Leia essa matéria: Após separação, casal gay briga por filho no Paraná (O Globo – 03/08/2010)