(Opera Mundi, 15/12/2014) A quantidade total de bebês nascidos com o vírus da Aids na América Latina e no Caribe caiu 78% entre 2001 e 2013, conforme um relatório divulgado nesta segunda-feira (15/12) pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
O estudo foi elaborado com dados de OPS, Unicef e Unaids, e estima que 10.700 crianças nasceram com o HIV na região em 2001. Em 2013, esse número caiu para 2.300, o que representa 5% de todos os recém-nascidos na região filhos de mães portadoras do vírus. Segundo a OPS, os países da América Latina e o Caribe fixaram como meta reduzir essa porcentagem de 5% para menos de 2% em 2015.
“Garantir que todas as crianças das Américas nasçam livres do HIV é possível e há países que já fizeram progressos rumo a esse objetivo”, explicou em comunicado Massimo Ghidinelli, chefe da unidade de HIV-AIDS, hepatite e doenças sexualmente transmissíveis da OPS.
Na opinião dele, agora é necessário “um impulso final” para garantir que todas as grávidas da região tenham acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva, incluindo teste de HIV e tratamento antirretroviral.
A OPS estima que, em 2013, 74% das grávidas tinham acesso aos testes para detectar o vírus da Aids, frente a 62% em 2010, e que 93% das mães com o HIV recebiam tratamento, enquanto apenas 59% eram assistidas em 2010.
Os dados da Unaids indicam que, em 2013, havia na América Latina 1,3 milhões de pessoas portadoras do HIV. No mundo, há 35 milhões de portadores desse vírus e 19 milhões deles não sabem, segundo a ONU. A organização assinala que em 2013 cerca de 1,5 milhão de pessoas morreram dessa causa, o que representa uma queda de 35% com relação a 2005.
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