(GGN, 21/01/2015) Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos com estudantes universitários traz o seguinte resultado: um terço dos homens (31,7%) diz que estupraria uma mulher se não houvesse consequências. O estudo foi liderado pelo professor Sarah Edwards, que aplicou questionários a 86 alunos.
Entre as perguntas, estavam a probabilidade de se envolverem em certos tipos de condutas sexuais, desde forçar uma mulher a fazer algo que ela não queira até o estupro. E a segunda revelação do estudo foi que muitos estudantes do sexo masculino não tem conhecimento do que é, de fato, o estupro.
Isso porque esse um terço respondeu que forçaria uma mulher a ter relações sexuais em uma situação sem consequências. Entretanto, um número menor – ainda que bastante expressivo -, de 13,6% dos participantes, afirmou com o emprego da palavra que estupraria uma mulher.
Boa parte dos entrevistados não rotulariam ou reconheceriam a ação de forçar uma mulher a praticar atos sexuais como “estupro”.
Os pesquisadores também avaliaram o nível de hostilidade dos estudantes com as mulheres, e como esse fator pode ter influenciado os resultados. Leram para os alunos afirmações como “Sinto que muitas mulheres flertam homens só para provocá-los ou prejudicá-los” e “Me irrito facilmente com mulheres”, analisando as respostas e reações, se concordavam ou não.
Perguntas como se eles viam o perigo como algo “excitante” e se consideravam a violência algo “másculo” foram feitas para avaliar o nível de “hipermasculinidade” e determinar como atitudes sexuais insensíveis podem influenciar em agressões sexuais.
Concluíram que medidas preventivas contra a agressão sexual poderiam funcionar com homens que “endossam a força, mas negam o estupro”, mas não teriam efeito com homens hostis às mulheres. Também identificaram que é prejudicial a ideia estereotipada do estuprador, já que o grupo que “endossa a força, mas nega o estupro” não se identifica com o comportamento dos estupradores, apesar de poder praticar o crime.
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