(O Estado de S. Paulo) Michelle Bachelet, primeira presidenta eleita no Chile, comandará a entidade encarregada de promover a igualdade de gênero e a capacitação das mulheres, ou ONU-Mulheres, como será chamada em jargão diplomático.
Ao anunciar a nomeação, Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, ressaltou que Bachelet foi escolhida entre 26 candidatas por suas qualidades políticas e capacidade de criar consensos.
Em 1995, em Pequim, os Estados-membros da ONU assinaram declaração comprometendo-se a trabalhar pela igualdade feminina. Entre outros assuntos, a declaração exortou os governos a agir para acabar com a discriminação contra as mulheres e promover a igualdade de direitos entre ambos os sexos em 12 áreas, incluindo educação, emprego, saúde, direitos humanos e participação política. Essa plataforma será a base do programa da ONU-Mulheres, quando a entidade começar a funcionar em 1.º de janeiro.
Bachelet diz saber que diversas das políticas sociais que implementou em seu país poderão não se universalizar e que o enfoque cultural deverá ser diverso.
No início [de seu mandato como presidente do Chile], dividiu seu primeiro gabinete de governo entre 20 ministros -10 homens e 10 mulheres- algo sem precedentes no Chile. Seu governo legalizou pagamentos de pensão alimentícia para as mulheres divorciadas e triplicou o número de creches para famílias de baixa renda.
Leia matéria na íntegra: Um novo desafio para Bachelet nas Nações Unidas (O Estado de S. Paulo – 20/09/2010)