(Correio Braziliense, 08/03/2015) A presença das mulheres no poder vem aumentando, mas ainda é tímida, apesar da aprovação de leis com o objetivo de equalizar essa diferença. Para a juíza Andréa Pachá, ouvidora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), a origem do problema é uma “cultura de desigualdade”. “Isso está tão entranhado na sociedade que as pessoas acabam aceitando a desigualdade como algo natural”, diz. A discussão ganha contornos especiais em datas como hoje, quando é comemorado o Dia Internacional da Mulher.
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A Lei n° 12.034, de 2009, obriga que as candidaturas aos cargos proporcionais — deputado federal, deputado estadual, deputado distrital e vereador — sejam preenchidas com o mínimo de 30% e o máximo de 70% para cada sexo. O princípio vem sendo cumprido pelos partidos, mas sempre no limite, com cerca de 70% das vagas para homens, e os 30% restantes para as mulheres.
Nas eleições majoritárias (prefeito, governador, senador, presidente), nas quais não existe a regra, a participação feminina cai bastante. Entre os 163 candidatos a governador nas últimas eleições, apenas 19 (12%) eram mulheres. E só uma se elegeu: Suely Campos (PP), em Roraima.
Warner Bento Filho
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