(Agência Brasil) Levantamento sobre violência doméstica realizado pelas secretarias de Segurança Pública de sete estados brasileiros revela que a maioria dos registros é de ameaça e lesão corporal.
Os dados foram apresentados pela Secretaria de Política para as Mulheres (SPM) a integrantes do Ministério Público Federal e promotores de Justiça do Ministério Público dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Acre, Rondônia, Roraima, Pernambuco e Alagoas, os únicos que detalham os crimes praticados contra a mulher especificamente. Nas demais unidades da federação, os casos de violência doméstica são computados juntamente com outros tipos de crimes.
Segundo o levantamento, Pernambuco foi o estado que mais atendeu a pedidos de medidas protetivas feitos por delegacias de Atendimento à Mulher em 2010, representando 39,5% das medidas, enquanto São Paulo teve apenas 10,8% do total de pedidos.
Para Alfredo Pinheiro, coordenador do Núcleo de Apoio à Mulher do Ministério Público Federal de Pernambuco, os maiores problemas são fazer com que o promotor dê a devida importância à denúncia da vítima e a falta de autonomia financeira das mulheres.
A secretária de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Aparecida Gonçalves, citou dados do Mapa da Violência 2010 – Anatomia dos Homicídios no Brasil, que mostra que, de 1997 a 2007, 41.532 mulheres foram assassinadas. O índice é de 4,2 assassinatos por 100 mil habitantes. “O pior é que estamos vendo, nos últimos tempos, o requinte da crueldade nesses assassinatos”.
Acesse na íntegra: Ameaça e lesão corporal representam a maior parte dos registros de violência contra a mulher (Agência Brasil – 08/10/2010)
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