(Folha de S.Paulo) Dados do censo escolar de 2008 mostram que a distribuição de preservativos tem aumentado nas escolas. Atualmente a prática ocorre em 11 mil colégios brasileiros, que correspondem a 9% das escolas públicas e privadas; em 2005, o índice era de 6%.
O número é do censo escolar de 2008, ano mais recente em que o dado foi pesquisado. O programa Saúde e Prevenção na Escola foi criado em 2004 pelo governo federal, que fornece as camisinhas; cabe às escolas decidirem se distribuem ou não.
Segundo Ellen Zita, do departamento de DST/Aids do Ministério da Saúde, a forma de entrega varia entre as escolas: em algumas a distribuição é sistemática; em outras, só em datas especiais, como o Dia de Luta contra a Aids.
De acordo com a Síntese de Indicadores Sociais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 30% dos alunos no 9º ano do ensino fundamental (antiga 8ª série) já tinham feito sexo. Desses, 76% usaram preservativo na última relação.
O paradoxo do “eu sei, mas ajo como se não soubesse” tem bases neurológicas, escreve Hélio Schwartsman, articulista da Folha de S.Paulo. “O que pode fazer alguma diferença são detalhes práticos, como ter ou não o preservativo em mãos. Aí e só aí é possível que a pessoa lembre de utilizá-lo. A abstinência, pelo fato de não ser transportável, não funciona tão bem.”
Acesse:
9% das escolas distribuem preservativos (Folha de S.Paulo – 10/10/2010)
Ao se entrar em “modo sexual”, ter a camisinha na mão faz diferença, por Hélio Schwartsman (Folha de S.Paulo – 10/10/2010)
