(UOL/Estadão.com) A execução da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte por adultério, estava marcada para esta quarta-feira, mas não ocorreu.
Na última segunda-feira, foi noticiado que as autoridades de Teerã haviam autorizado a aplicação da pena. A ativista iraniana Mina Ahadi, do Comitê Internacional contra Apedrejamento (Icas), disse por telefone à BBC Brasil que Sakineh não iria mais ser executada hoje, porque “as execuções são realizadas no nascer do sol, e ela (a execução de Sakineh) não ocorreu”.
Ahadi dsse ainda esperar que a presidente eleita do Brasil, Dilma Rousseff, intervenha para tentar evitar a execução de Sakineh Ashtiani: “Dilma é mulher, e conhece bem os problemas enfrentados por mulheres”, disse Ahadi, segundo quem a pressão de governos europeus e do Parlamento da União Europeia na véspera da execução pode ter levado as atutoridades iranianas ao adiamento.
“Mas Sakineh contínua em grave perigo”, diz Ahadi. “Ela pode ser executada nos próximos dias”.
Segundo apurou a reportagem da BBC Brasil, na última terça-feira a assessoria de imprensa do Itamaraty informou que o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, havia reforçado o pedido humanitário do governo brasileiro em favor de Sakineh Ashtiani em conversa com o chanceler do Irã, Manouchehr Mottaki, em 22 de outubro.
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Ativista iraniana espera intervenção de Dilma contra execução de Sakineh (UOL Notícias – 03/11/2010)
Irã planeja executar Sakineh na quarta-feira, afirma ONG (Estadão.com – 02/11/2010)