(G1, 01/07/2015) Crimes teriam acontecido em piscina de hotel no final de maio. Câmera esquecida por um dos soldados tinha registro do abuso.
As supostas vítimas de abuso sexual por parte de dois soldados franceses, membros das forças especiais em Burkina Faso, seriam duas meninas de 3 e 5 anos de idade, e os crimes teriam acontecido no domingo (28) na piscina de um hotel de Ouagadougou, indicou à AFP uma fonte próxima ao caso.
As meninas têm dupla nacionalidade, francesa e burquinense.
Segundo as investigações, a mãe da criança mais nova teria ido no domingo à piscina e conversado com os militares franceses, de 36 e 38 anos. Ela os teria convidado a beber em sua casa.
Um dos homens teria esquecido sua câmera portátil GoPro na residência da mulher, e desta maneira ela descobriu as imagens filmadas debaixo d’água e o abuso cometido pelos militares.
Logo após a descoberta, ela procurou a embaixada da França para mostrar o vídeo, de vários minutos, e denunciar os militares.
O pai da outra criança também teria visto as imagens.
A França quer repatriar os dois acusados, segundo indicou o governo.
“Estamos em contato com a justiça de Burkina Faso para que a repatriação seja rápida e a justiça possa atuar”, declarou o porta-voz do governo, Stéphane Le Foll, após uma reunião ministerial.
Na terça-feira, o ministro da Defesa francês, Jean-Yves Le Drian, suspendeu os dois soldados e declarou que os dois são suspeitos “de ter praticado atos de conotação sexual contra duas crianças” em Burkina Faso.
O Ministério Público de Paris abriu imediatamente uma investigação.
A França já abriu uma investigação similar no ano passado por acusações de abusos na República Centro-africana, mas o caso foi inicialmente ocultado da opinião pública, o que provocou um escândalo.
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