(O Globo/O Estado de S. Paulo/Folha de S.Paulo) A aprovação do projeto de lei no Senado que criminaliza a homofobia foi a principal bandeira da 15ª edição da Parada Gay do Rio de Janeiro, realizada na praia de Copacabana.
Segundo os organizadores, o evento reuniu entre 800 mil e um milhão de pessoas, apesar da chuva fina que caia. Treze trios elétricos e uma bandeira gigante do Orgulho LGBT tomaram o percurso e coloriram o evento. Durante a celebração, os organizadores distribuíam camisinhas e panfletos tratando de questões sérias como doenças sexualmente transmissíveis.
Segundo Julio Moreira, presidente do grupo Arco Íris, organizador da parada, o objetivo do evento foi mobilizar não só o público LGBT, mas a sociedade em geral. O preconceito é um mal que afeta a todos, disse Julio, tanto na forma de bullying, sofrido por alunos homossexuais, como também no tratamento dado pelas famílias que precisam aprender a lidar com os integrantes homossexuais.
O nome do senador e bispo Marcelo Crivella foi citado diversas vezes, com apelos para que ele não vote contra o projeto de lei que prevê a união civil entre homossexuais. Alguns participantes criticaram papel que a religião teve na eleição presidencial, que muitos classificaram como uma “onda obscurantista”. “O que vimos na eleição foi um retrocesso. Não se pode negociar direitos de uma comunidade que sofre violência”, afirmou Julio Moreira.
Segundo pesquisa da Fundação Perseu Abramo, de 2009, cerca de 26% dos brasileiros admitem ter preconceito contra os homossexuais. Também foi lembrada a violência física: a cada dois dias, um brasileiro é assassinado por sua orientação sexual.
Acesse:
Parada Gay lota a orla de Copacabana (O Globo – 15/11/2010)
Sob chuva, 800 mil fazem festa e política no rio (O Estado de S. Paulo – 15/11/2010)
