(O Globo, 29/09/2015) Empresas têm desempenho melhor quando há uma ou mais mulheres entre seus principais executivos. A constatação é de um estudo da consultoria Grant Thornton International que pesquisou os resultados de firmas nos EUA, na Índia e no Reino Unido. De acordo com o trabalho, companhias com pelo menos uma mulher na diretoria alcançaram retornos de ativos maiores do que o observado nas empresas onde só há homens no quadro principal.
Segundo a pesquisa “Mulheres nos negócios: o valor da diversidade”, 94% das 350 maiores companhias de capital aberto nesses três países têm pelo menos uma mulher em seu conselho, mas só 13% têm ao menos uma mulher entre os executivos. O percentual é maior na Índia, com 22%, mas menor nos EUA, com 7%.
Ainda de acordo com o estudo, publicado nesta terça, empresas de capital aberto com apenas diretores homens perderam o equivalente a cerca de R$ 2,6 trilhões de retorno de investimento no último ano.
Outras pesquisas anteriores sugerem que diretoras mulheres fornecem diferentes perspectivas sobre assuntos que vão desde o que os clientes querem até empreendimentos de risco. Em março, as mulheres ocupavam cerca de 23,5% do total de cargos do conselho das cem maiores empresas do Reino Unido. Embora todas essas companhias tenham mulheres nos conselhos, elas compõem apenas 8,6% das diretorias executivas.
“Existe um custo grande associado a empresas exclusivamente masculinas. Essas empresas presas no passado não estão libertando completamente seu potencial de crescimento. Como um mundo ainda preso a combustíveis fósseis, essas empresas estão sofrendo agora”, afirmou Francesca Lagerberg, chefe de serviços fiscais da Grant Thornton, empresa de contabilidade que desenvolveu o estudo.
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