(Correio Braziliense, 02/10/2015) Maior parte dos confirmados no exame declarou ser parda, terminou o ensino médio, tem de 16 a 20 anos e fará a prova, pelo menos, pela segunda vez
Segundo balanço do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), entre os mais de 7,7 milhões de estudantes que concluíram a inscrição em 2015, a maioria é mulher, tem entre 16 e 20 anos, já concluiu o ensino médio e fará o exame pela segunda vez ou mais. A maior parte dos candidatos já soma alguma experiência na prova: 5,8 milhões de alunos farão o exame, pelo menos, pela segunda vez; enquanto 2,6 são estreantes na prova. No ano passado, o número de alunos que fizeram o exame pela primeira vez (5,3 milhões) superou o de candidatos experientes (3,4 milhões).
Neste ano, o número de candidatos que confirmaram a inscrição (isentos e aqueles que pagaram a taxa dentro do prazo) caiu 11,96% em relação ao ano passado – no total, 8.478.096 fizeram a inscrição em 2015, mas 731.978 estudantes não finalizaram o processo.
Uma das hipóteses do presidente do Inep Chico Soares para a redução no número de inscritos confirmados é de que caiu o número de pessoas que se inscreve sem ter a certeza de que fará o exame. Isso porque uma mudança no edital da prova deste ano prevê que os isentos que não comparecerem aos dois dias perderão o direito em 2016. “O que podemos afirmar com certeza é que nenhum aluno deixou de fazer a prova pro questões financeiras. Todos os estudantes que solicitaram a isenção foram atendidos”, ressaltou o presidente.
Atendimento diferenciado
O número de atendimentos especializados (para pessoas com deficiência ou condições especiais) que foram solicitados para os dois dias de aplicação do exame neste ano foi de 57.013. Nas inscrições que assinalaram este tipo de tratamento, há estudantes que pediram salas de mais fácil acesso (17.683), prova ampliada (1.952), prova em braile (586), auxílio de ledor (8.349), auxílio para transcrição (8.011), apoio para a perna (3.554), guia intérprete (22), leitura labial (1.733), mesa para cadeira de rodas (2.707), mesa com cadeira separada (5.252), entre outros.
Mais de 92 mil atendimentos específicos (para pessoas que necessitam de auxílio hospitalar, idosos, sabatistas, gestantes e lactantes) serão realizados. Neste ano, 8.424 gestantes e 71.195 sabatistas estão confirmados no exame.
Inclusão para estudantes transgêneros
Na segunda edição em que o Exame Nacional do Ensino Médio admite o uso de nomes sociais, 278 alunos transgêneros (transexuais e travestis) fizeram essa opção. A possibilidade começou a valer no ano passado. O nome indicado pelos estudantes será colocado na lista disposta na porta da sala e estará impresso no cartão de respostas.
Paula Braga
Acesse no site de origem: Mulheres são maioria no Enem (Correio Braziliense, 02/10/2015)