(Agência Patrícia Galvão)
Rio de Janeiro, 3 de dezembro de 2010
Mesa de Abertura
Ministra Nilcéa Freire – Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República
Junia Puglia – vice-diretora do Escritório Brasil e Cone Sul do Unifem/ONU Mulheres
Jacira Melo – diretora executiva do Instituto Patrícia Galvão
Benedita da Silva – deputada federal (RJ)
Sandra Rosado – deputada federal (RN)
Jô Moraes – deputada federal (MG)
Inês Pandeló – deputada estadual (RJ)
Pelo sétimo ano consecutivo, o Seminário A Mulher e a Mídia reúne profissionais da imprensa, gestoras, pesquisadoras e ativistas de todo o país. A ministra Nilcéa Freire, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, abriu o evento, que acontece de 2 a 4 de dezembro no Rio de Janeiro. “Há sete edições, temos um encontro marcado, em dezembro, que nos permite colocar em dia não só nossa percepção sobre a sociedade, como nos permite produzir instrumentos que nos auxiliam a melhorar e avançar os direitos da cidadã brasileira”, afirmou Nilcéa Freire.
Realizado pela Secretaria de Políticas para Mulher (SPM), o Instituto Patrícia Galvão e o Fundo das Nações Unidas para a Mulher (Unifem – ONU / Mulheres), o “A Mulher e a Mídia 7” recebeu 550 inscrições de todo o país e conta com 250 participantes de 23 estados.
Clique aqui para ler a matéria completa sobre a Mesa de Abertura do Seminário A Mulher e a Mídia 7 (por Patrícia Negrão)
Leia a seguir alguns destaques da mesa de abertura:
“Eu não vim do movimento feminista, mas aprendi muitíssimo, me incorporei. Faço parte dos 34% de mulheres que, de 2001 a 2009, passaram a se declarar feministas.”
“Tenho consciência de que elegemos não só a primeira mulher presidente do país, mas uma mulher com a história de Dilma Rousseff, que não se acovardou na tortura, não optou pelo caminho fácil depois do arrombo da juventude. E testou sua coragem no limite quando aceitou a proposta do presidente Lula de ser candidata à presidência do Brasil. Tenho muita tranqüilidade. Dilma irá honrar a mulher brasileira e fará o melhor para o avanço das políticas públicas para mulheres. Nós precisamos estar ao lado dela, apoiá-la para garantir a continuidade dessas políticas. E não vai ser fácil. Não vamos permitir qualquer retrocesso. Estou disposta a ajudá-la e vou cooperar dentro ou fora do governo, em qualquer posição.” Nilcéa Freire – ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres
“Quando Nilcéa Freire foi nomeada, há sete anos, para a Secretaria de Políticas para as Mulheres, ficamos receosas no Unifem, nos perguntando: ‘Quem é ela? De onde ela vem?’ No discurso de posse, a ministra Nilcéa,muito clara e direta, como ela sempre é, disse: ‘Eu não sou do movimento feminista’. Silêncio. No dia seguinte, centenas de e-mais. E fomos surpreendidas com uma gestão extraordinária. Não me recordo de nenhuma gestão como a dela sobre o tema política de gênero e equidade no nosso país. Uma sorte danada de ela ter sido nomeada e esperamos que ela continue na Secretaria.” Junia Puglia – Unifem/ ONU Mulheres
“Nas sete edições do ‘A Mulher e a Mídia’ discutimos temas como publicidade, telenovela, revistas femininas, rádio, jornal, internet. Os Seminários têm contribuído para o aprofundamento do debate no Brasil todo e permite outra qualidade de pensamento. E isso começou a partir da gestão de Nilcéa Freire. Em 2004, saímos acreditando no primeiro ‘A Mulher e a Mídia’. Não nos equivocamos, sempre somos muito bem surpreendidas. A ministra Nilcéa Freire é um exemplo de gestora pública para todas nós. Ela faz a diferença para a discussão do tema mulher e mídia.” Jacira Melo – Instituto Patrícia Galvão
“Neste momento de transição de governo, nossa representatividade se faz muito necessária nas composições, nas articulações políticas. A presidente eleita já disse que quer mais mulheres nos espaços políticos. Precisamos nos unir e não fazer uma disputa partidária entre nós. Somos poucas, somente 45 mulheres no Parlamento brasileiro, e Dilma Rousseff precisa da solidariedade de cada uma de nós.” Benedita da Silva – deputada federal (RJ)
“Diminuímos o número de mulheres em Brasília. Somos somente 8%, mas isso não vai nos amedrontar e nem enfraquecer nossa luta de transformação da sociedade. Temos enfrentado todos os obstáculos que surgem na nossa frente. E, se somos somente 8%, a culpa não é nossa. Nasce dentro dos partidos, que impedem nossa participação, pois temos de mendigar pelos investimentos, que vão sempre para as candidaturas masculinas. A mídia também não nos dá voz, continua contrária ou omissa ao que realizamos. É mais interessante noticiar um deputado com namorada nova ou jogando futebol do que falar das mulheres como legisladoras.” Sandra Rosado – deputada federal (RN)
“O sétimo ‘A Mulher e a Mídia’ é a expressão do que representa nossa luta. Uma luta longa. Mas nossa teimosia é nosso instrumento de transformação. Estamos conseguindo impor nossas bandeiras. Caso contrário, não teríamos conquistado políticas públicas avançadas que levam em consideração os direitos das mulheres e nem uma mulher teria chegado à Presidência do país.” Jô Moraes – deputada federal (MG)
“Este é o sétimo ‘A Mulher e a Mídia’ e o 7 é número da perfeição. Não queremos chegar à perfeição, que é um caminho a ser percorrido sempre, mas estamos avançando cada vez mais nesse caminho, ocupando cada vez mais espaços. Temos que conquistar ainda muitos direitos. Vimos, nas últimas eleições, o preconceito vir à tona com tanta força. Nós, mulheres, temos de atuar cada vez mais para que a mídia possa representar mais e melhor nossa realidade.” Inês Pandeló – deputada estadual (RJ)
Clique aqui para ler a matéria completa sobre a Mesa de Abertura do Seminário A Mulher e a Mídia 7 (por Patrícia Negrão)
[Acesse a cobertura sobre as outras mesas de debate do Seminário A Mulher e a Mídia 7]
Seminário Nacional
Rio de Janeiro, 2 a 4 de dezembro de 2010
A Mídia e as Mulheres no Poder
Realização: Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), Instituto Patrícia Galvão e Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem)