(O Globo, 22/12/2015) Gerir o próprio negócio está entre os principais desafios para elas
O Brasil tem quase 6 milhões de empresárias – 8% da população feminina, de acordo com dados da Serasa Experian. Elas representam 47% dos empreendedores do país – e dessa fatia, 73% estão na linha de frente de micro ou pequenas empresas.
O que leva à decisão de abrir uma empresa, de acordo com o Sebrae-SP, é a necessidade de assumir as contas da família e, acima de tudo, a vontade de crescer. Sem dúvida, abrir o próprio negócio é uma oportunidade de desenvolvimento no mundo empresarial. As áreas mais procuradas por elas são as de venda porta a porta, alimentação (marmitas, cafeterias), limpeza (serviços ou venda de produtos), costura e cuidados pessoais.
Embora escolher o ramo não seja difícil, fazer a gestão financeira está entre os pontos de maior atenção. A falta de prática com um negócio, e principalmente com o controle das finanças, pode deixar a empreendedora no vermelho. Nesse caso, é preciso decidir pela melhor linha de crédito.
— A indicação é que o empréstimo seja feito por meio do microcrédito — indica João Carlos Natal, consultor de finanças do Sebrae-SP.
No entanto, antes de pedir empréstimo, a empreendedora deve fazer um planejamento financeiro atento. Apenas por meio dele é possível se programar para cumprir os pagamentos com a instituição financeira.
— A primeira pergunta a ser feita é: quanto exatamente a sua empresa necessita? — aconselha o consultor do Sebrae. A segunda é: como eu vou pagar?
Na hora de fazer um planejamento, um erro comum é levar em conta apenas as dívidas. É fundamental lembrar de obrigações que estão vencendo e valores já recebidos – cheques, boletos, recebíveis de cartões de crédito e débito.
Possibilidades
O Banco do Brasil tem uma linha de microcrédito que chega a R$ 15 mil, com prazos de pagamento de até 12 meses para utilização no capital de giro e 18 meses para investimento no negócio.
O dinheiro pode ser utilizado na formação de estoques, no pagamento de compromissos e impostos. Ou ainda dar o empurrãozinho que faltava para viabilizar a ampliação dos negócios, seja por meio da aquisição de equipamentos, entre outros.
— No caso da ampliação do negócio, a própria receita gerada pelo investimento pagará ou ajudará a pagar o financiamento. Mas, independentemente disso, é preciso encontrar o problema no fluxo financeiro – alerta Natal.
Acesse o PDF: Mulheres estão na linha de frente do empreendedorismo (O Globo, 22/12/2015)