(G1, 13/01/2016) Um grupo de mulheres realizou um protesto em frente à Delegacia de Fernando de Noronha na manhã desta quarta-feira (13). Elas cobram agilidade na investigação da denúncia de estupro feita por uma moradora da ilha, de 30 anos. O fato ocorreu na madrugada da sexta-feira (8) para o sábado (9). Segundo relatos a jovem foi levada da Vila dos Remédios por um homem, que estava numa moto vermelha e preta com capacete amarelo. O suspeito usava uma camisa branca com mangas longas. A vitima contou que foi conduzida para a Praia do Bode onde foi estuprada e espancada.
“Queremos que o culpado seja punido e a Polícia se mobilize no caso. As mulheres de Noronha não podem continuar com medo, isso é um absurdo. A nossa mobilização é para provar que não estamos felizes com a impunidade. Uma irmã nossa, uma moradora da ilha foi abusada. Quando uma é abusada todas são abusadas”, falou e estudante de Direito Larissa Meirelles.
A atriz Carol Castro, que está em Fernando de Noronha de férias, esteve na delegacia para apoiar o protesto. “Eu fiquei sabendo do estupro e soube também que não é a primeira vez. Ainda bem que a vítima teve coragem de denunciar. Eu estou apoiando todas as mulheres, não só da ilha, para que isso não aconteça”, falou a atriz.
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A vítima é prestadora de serviço do Instituto Chico Mendes. os servidores do órgão estão mobilizados, colhendo informações e na busca de testemunhas para esclarecer o caso. O chefe do Parque Nacional Marinho, Eduardo Macedo, tem acompanhado o trabalho e prestou apoio à prestadora de serviço em Fernando de Noronha e também no Recife, onde ela esteve depois do abuso. A queixa não foi lavrada em Noronha, o Boletim de Ocorrência foi feito pela Delegacia da Mulher, na capital pernambucana.
Retrato falado do suspeito
No Recife a vítima deu informações para que a polícia que fizesse um retrato falado que está sendo divulgado nas redes sociais. Alguns suspeitos foram ouvidos na Delegacia de Noronha. A coordenadoria da Mulher local está acompanhando o caso. “Nós estamos apoiando a moça junto com a Secretaria da Mulher. Nós procuramos o delegado e ele nos relatou que está fazendo a investigação”, informou a coordenadora da Mulher, Cristina Queiroz. O delegado João Paulo preferiu não dar entrevista.
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