(G1/PE, 07/04/2016) Seminários com os profissionais estão sendo realizados nos últimos meses. Objetivo é conhecer todas as famílias e criar um protocolo de atendimento.
Para otimizar o auxílio dado às famílias de bebês com microcefalia em Pernambuco, profissionais ligados à assistência social estão se reunindo em seminários para discutir formas de padronizar o atendimento à criança e aos familiares. Após os encontros, realizados nas cidades do Recife, Caruaru (Agreste) e Serra Talhada (Sertão), foram elaboradas cartas-propostas com as sugestões dos profissionais para a melhoria da identificação do perfil socioeconômico dos responsáveis pelos recém-nascidos. A longo prazo, o objetivo é transformar as sugestões dos profissionais em um protocolo de assistência social para as famílias das crianças com a condição.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ) e coordenador dos dois últimos seminários, Isaltino Nascimento, a ideia é conhecer todos os pais cujos filhos receberam o diagnóstico de microcefalia e identificar quais os perfis sociais e econômicos dessas famílias. “Dos casos confirmados de microcefalia que temos atualmente, 50% deles não são acompanhados pelos profissionais de assistência social. Não sabemos qual o perfil de renda das famílias, onde moram e qual a condição econômica deles”, explica Nascimento.
Para regularizar essa situação, o objetivo da secretaria é fazer uma busca ativa das famílias de bebês com a malformação. “Estamos hoje com um problema grave, porque a quantidade dos casos confirmados está aumentando e, na maioria deles, as famílias vivem em situação de extrema pobreza e, em alguns casos, não recebem benefícios”, esclarece o secretário.
Durante os seminários, profissionais da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) e do Insituto Nacional do Seguro Social (INSS) também orientaram os assistentes sociais para dialogar sobre os benefícios a que as famílias têm direito, como descontos na conta de luz e Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Elaboradas por técnicos da Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ), as cartas-propostas contêm as sugestões dos profissionais que participaram dos seminários para ampliar a assistência a essas famílias e serão encaminhadas para o governo e a para a Presidência da República. Ainda de acordo com Isaltino, cursos de qualificação profissional para os profissionais que lidam com as famílias de bebês com microcefalia também estão entre os objetivos das cartas.
O próximo seminário deve acontecer no município de Vitória de Santo Antão (Zona da Mata), no dia 12 de abril. As sugestões dos profissionais que participaram dos encontros devem auxiliar na criação do primeiro protocolo de assistência social para as famílias de bebês com microcefalia em Pernambuco.
Segundo Isaltino Nascimento, o documento vai dialogar com o protocolo clínico-epidemiológico, divulgado em dezembro do ano passado, e ajudará os profissionais a conhecerem o perfil das famílias de bebês com a malformação.
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