(G1/Rio, 10/05/2016) Estudo traçou comportamento do vírus da zika no Brasil pela 1ª vez. Resultados mostram que células são destruídas para que vírus multiplique.
Cientistas descobriram como é o comportamento do vírus da zika no cérebro dos bebês durante a gestação. A pesquisa pioneira foi feita por um consórcio brasileiro das universidades federais do Rio, Campinas, Pará e ainda dos institutos D’Or, Evandro Chagas e Fiocruz, como mostrou o Jornal Nacional nesta terça-feira (10).
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Pela primeira vez os cientistas brasileiros descobriram como o vírus da doença age dentro da célula nervosa em formação. O estudo em laboratório mostrou o roteiro traçado pelo vírus da zika.
Ele entra na célula e passa a se reproduzir muito. Depois, a célula ativa um sistema de defesa, ficando paralisada e não se desenvolve mais. Em seguida ela morre.
Em consequência disso, o número de neurônios é muito menor no feto infectado. Os cientistas encontraram alteração em 500 genes e proteínas dentro das células atacadas pelo vírus da zika, o que provoca a má formação do cérebro.
“É um vírus muito agressivo, ele mata as células em 12 dias. Ele usa todo mecanismo da célula, dessa fábrica celular para produção do vírus para se auto replicar, se auto reproduzir”, explica a neurocientista Patricia Garcez.
Ao entender o que o vírus faz nas células e as características, os cientistas podem impedir a evolução dele e, assim, agir mais rapidamente, encontrando soluções entre os medicamentos já existentes aqueles que podem ser mais eficazes contra a Zika, ou ainda ajudar a criar remédios novos a partir dessas informações.
Estas descobertas, no entando, não tiram a obrigação de cada um no combate ao mosquito causador da zika, dengue e chikungunya. “Que as não pessoas fiquem esperando um medicamento e deixem de se proteger, não. Acho que a prevenção nesse caso, com certeza, é a nossa maior arma contra o mosquito. Contra o vírus da zika a gente precisa se proteger contra mosquitos”, conclui Garcez.
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