(Folha de S.Paulo, 21/05/2016) As autoridades de saúde da Colômbia confirmaram neste sábado (21) que aumentou para cinco o número de bebês nascidos com microcefalia, associado à zika, desde que o país começou a monitorar o surto.
Os dois primeiros casos de microcefalia –bebês nascidos com o perímetro do crânio e o cérebro menores que o normal– foram notificados em abril, e outros três foram divulgados neste sábado (21) em um boletim do Instituto Nacional de Saúde (INS) do país.
Autoridades sanitárias estimam que cerca de 300 crianças devem nascer com microcefalia associada ao vírus da zika entre maio e setembro, considerando o número atual de mulheres grávidas infectadas com o vírus.
Quase 84 mil pessoas no país já foram infectadas pelo vírus desde outubro, quando as autoridades começaram a monitorar o surto. Boletim divulgado neste sábado aponta uma diminuição do número de casos no país.
Desde outubro, houve 77,5 mil casos de suspeita de infecção pelo vírus da zika e 6.400 casos confirmados. Os dois grupos incluem, no total, 15.038 mulheres grávidas. Desde dezembro foram registrados também 529 casos de distúrbios neurológicos, principalmente da síndrome de Guillain-Barré, com sintomas compatíveis com a zika, embora esta associação ainda esteja sendo estudada pelos especialistas.
O Ministério da Saúde disse em dezembro que, antes do surto da zika, nasciam em média 129 bebês com microcefalia por ano na Colômbia, cuja população é de 48 milhões de pessoas.
O zika em geral provoca apenas sintomas brandos, parecidos com os da gripe. O vírus é transmitido principalmente por duas espécies do mosquito Aedes Aegypti, mas também por contato sexual. Não há vacina para prevenir o contágio pelo vírus da zika.
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