(O Dia, 07,06,2016) Para Secretaria estadual, novos números indicam que transmissão de zika em grávidas está desacelerando.
Desde 1º de janeiro até 4 de junho deste ano, segundo novo boletim divulgado nesta terça-feira pelo Ministério da Saúde, o Rio de Janeiro registrou 66 casos de microcefalia associados a infecções congênitas. Outros 268 casos notificados estão em investigação para que sejam definidas as causas — destes, 208 são de bebês já nascidos — e 135 casos foram descartados, seguindo os critérios estabelecidos pelo Ministério. Desde 2015, já foram notificados 469 casos de microcefalia no estado.
Em todo o país, estão confirmados 1.551 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita. Foram notificados 7.830 casos suspeitos desde o início das investigações, em outubro de 2015, sendo que 3.017 permanecem em investigação e outros 3.262 foram descartados por apresentarem exames normais. Desde outubro, foram registrados 310 óbitos suspeitos de relação com a má-formação, dos quais 69 foram confirmados. Pernambuco é o estado com maior número de diagnósticos (363), seguido pela Bahia (252). São Paulo teve oito casos. Dentre os diagnósticos positivos, 224 tiveram confirmação laboratorial para o vírus zika.
Manchas vermelhas
Novos números do boletim epidemiológico da Secretaria estadual de Saúde, divulgados na segunda-feira, apontam diminuição no número de casos sintomáticos de zika vírus nas últimas duas semanas apuradas, em que os casos notificados caíram de 145 para 50. De acordo com o relatório, a queda no número de notificações de grávidas com manchas vermelhas (exantema), sintoma típico de zika, “sugere menor intensidade da transmissão do vírus”.
Das 9.651 notificações de grávidas com exantema, 1.154 tiveram a confirmação de zika vírus, mas ainda não há confirmação se os fetos apresentam microcefalia. “É importante deixar claro que o resultado positivo para Zika vírus não configura a existência de microcefalia. Todas as gestantes serão monitoradas até o final da gestação”, ressalta a secretaria, em nota. Os casos foram detectados desde 18 de novembro do ano passado, quando a notificação se tornou obrigatória no estado.
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